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Fotografar vegetais, minerais e animais foi uma novidade em minha vida de fotógrafo até então dedicada às questões sociais; uma verdadeira aventura e um grande aprendizado. Mas nem por isso me esqueci dos homens. Apenas procurei-os tal como vivem, tal como vivíamos todos há algumas dezenas de milhares de anos. Para retraçar as origens da espécie humana, trabalhei com grupos que ainda vivem em equilíbrio com a natureza. Não necessariamente as tribos mais afastadas de nossa civilização. Fui por exemplo ao Alto Xingu, no Mato Grosso, região central do Brasil banhada pelo rio Xingu, um afluente do Amazonas. Sua população indígena de aproximadamente 2500 habitantes, que se comunicam em aruaque, caribe e tupi, se divide em treze aldeias espalhadas por um território equivalente a cerca de duas vezes o tamanho da Bélgica. A descoberta desses povos data dos anos 1950. Hoje, esses índios usam chinelos, têm facões. Graças a uma telha solar, captam ondas de rádio. À tarde, recebem assistência médica por rádio da Funai, e quando o enfermeiro não consegue ajudá-los sozinho, um pequeno avião vem buscá-los para levá-los a um hospital. Eles têm perfeita consciência, portanto, de que são uma minoria à margem da maioria. Sabem o que acontece no mundo e conhecem bem a civilização ocidental. Mas continuam vivendo nus, a existência deles continua ritmada por um calendário de ritos de inspiração cósmica e mitológica, que dão origem a cerimônias que ocorrem ora numa, ora noutra aldeia, e para as quais todos são convidados.
SALGADO, S.; FRANCQ, I. Da minha terra à Terra. Tradução de Julia da Rosa Simões. São Paulo: Paralela, 2014. (Fragmento retirado do capítulo “E o homem em tudo isso?”)
No trecho destacado, o conectivo “mas” introduz uma ideia de
SALGADO, S.; FRANCQ, I. Da minha terra à Terra. Tradução de Julia da Rosa Simões. São Paulo: Paralela, 2014. (Fragmento retirado do capítulo “E o homem em tudo isso?”)
No trecho destacado, o conectivo “mas” introduz uma ideia de
Três séculos antes de Cristo, Alexandre, o Grande, conquistou o Egito e mandou erguer, do zero, uma metrópole no litoral norte do país. Alexandria, batizada em homenagem a seu patrono desumilde, seria a nova capital da região. A estética faraônica clichê, dourada e azul, prevaleceu por lá (bem como o hábito egípcio de os nobres se casarem entre irmãos, à moda Cersei em Game of Thrones). Mas esse novo Egito Antigo, assim como o próprio Alexandre, tinha uma pinta grega inegável.
O sucessor do Xandão por aquelas bandas, nomeado Ptolomeu I, ordenou a construção de um centro de ensino e pesquisa em Alexandria para atrair a elite intelectual da época. Tipo uma versão helênica e antiquíssima do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde monstros sagrados das exatas como Einstein, Gödel e Neumann trabalharam juntos na década de 1950.
O nome dessa instituição era Mouseion. Em português, “Museu”. O significado original da palavra é “templo dedicado às musas” – as deusas do panteão grego que, na tradição helênica, inspiravam as artes, a literatura e a ciência. Essa também é a origem etimológica de “música”, diga-se. Compôs uma bela canção? Legal, mas não foi bem você. Tudo que é belo emana dessas divas – artistas são só os meros mortais que, volta e meia, têm o privilégio de receber um download de versos do Olimpo.
VAIANO, B. A Biblioteca de Alexandria não foi destruída pelo fogo, mas pelo esquecimento. Superinteressante, São Paulo,16 maio 2025. Disponível em: https://super.abril.com.br/. Acesso em: 28 mai.2025. (Fragmento)
No trecho em destaque, a metáfora utilizada pelo autor produz o seguinte efeito de sentido:
O sucessor do Xandão por aquelas bandas, nomeado Ptolomeu I, ordenou a construção de um centro de ensino e pesquisa em Alexandria para atrair a elite intelectual da época. Tipo uma versão helênica e antiquíssima do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde monstros sagrados das exatas como Einstein, Gödel e Neumann trabalharam juntos na década de 1950.
O nome dessa instituição era Mouseion. Em português, “Museu”. O significado original da palavra é “templo dedicado às musas” – as deusas do panteão grego que, na tradição helênica, inspiravam as artes, a literatura e a ciência. Essa também é a origem etimológica de “música”, diga-se. Compôs uma bela canção? Legal, mas não foi bem você. Tudo que é belo emana dessas divas – artistas são só os meros mortais que, volta e meia, têm o privilégio de receber um download de versos do Olimpo.
VAIANO, B. A Biblioteca de Alexandria não foi destruída pelo fogo, mas pelo esquecimento. Superinteressante, São Paulo,16 maio 2025. Disponível em: https://super.abril.com.br/. Acesso em: 28 mai.2025. (Fragmento)
No trecho em destaque, a metáfora utilizada pelo autor produz o seguinte efeito de sentido:
No mundo sutil dos relacionamentos, nem sempre as palavras dizem tudo. Às vezes, o que não é dito fala mais alto — e mais dolorosamente. O chamado "silêncio barulhento" é um desses casos. Trata-se daquele momento em que alguém, de forma deliberada, escolhe ignorar o outro, deixando no ar uma mensagem clara: “Você está sendo punido”. Pode vir disfarçado de uma saída teatral da sala, de uma ausência repentina nas mensagens ou de um olhar que evita, intencionalmente, o encontro. É um comportamento que, mesmo sem palavras, grita.
É compreensível por que muitas pessoas recorrem ao tratamento do silêncio. No calor de um conflito, pode parecer reconfortante manter o controle e fazer o outro "sofrer um pouco". Mas esse controle vem com um custo alto. Quando usamos o silêncio como forma de punição, o que transmitimos não é apenas distanciamento, mas rejeição, exclusão e abandono.
E não é só uma questão emocional: estudos mostram que ser ignorado ou excluído ativa no cérebro as mesmas regiões envolvidas na dor física. Em outras palavras, o silêncio imposto machuca, literalmente.
ANGELO, L. Este hábito silencioso pode arruinar o seu relacionamento sem você perceber. Vogue Brasil, São Paulo, maio 2025. Disponível em: https://vogue.globo.com/. Acesso em: 1 jun.2025. (Fragmento)
Na expressão em destaque no texto, a escolha do pronome “você” como sujeito da oração tem como efeito
É compreensível por que muitas pessoas recorrem ao tratamento do silêncio. No calor de um conflito, pode parecer reconfortante manter o controle e fazer o outro "sofrer um pouco". Mas esse controle vem com um custo alto. Quando usamos o silêncio como forma de punição, o que transmitimos não é apenas distanciamento, mas rejeição, exclusão e abandono.
E não é só uma questão emocional: estudos mostram que ser ignorado ou excluído ativa no cérebro as mesmas regiões envolvidas na dor física. Em outras palavras, o silêncio imposto machuca, literalmente.
ANGELO, L. Este hábito silencioso pode arruinar o seu relacionamento sem você perceber. Vogue Brasil, São Paulo, maio 2025. Disponível em: https://vogue.globo.com/. Acesso em: 1 jun.2025. (Fragmento)
Na expressão em destaque no texto, a escolha do pronome “você” como sujeito da oração tem como efeito
O Cemitério da Consolação acaba de expandir o projeto Obras de Arte do Consolação, que usa QR codes para dar acesso a informações sobre personalidades sepultadas e obras de arte instaladas no local.
Com a adição de 150 novos códigos, chamados de e-Lápides, o acervo chega a 228 registros.
Ao escanear os QR Codes instalados nos jazigos e obras, os visitantes têm acesso a biografias, imagens e curiosidades de nomes como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Ramos de Azevedo e Olívia Guedes Penteado. O projeto também destaca esculturas de artistas renomados, como O Grande Anjo, de Victor Brecheret, e Via Sacra, de Antelo Del Debbio.
A iniciativa da Consolare, empresa que controla o cemitério, é uma parceria com a empresa Memória Viva, e busca transformar o cemitério em um espaço de cultura e memória.
Os cemitérios da Vila Mariana e de Tremembé devem receber o serviço, que também está disponível para famílias interessadas em preservar digitalmente a história de seus entes.
CEMITÉRIO da Consolação amplia número de QR codes em jazigos. Veja São Paulo, São Paulo, jun.2025. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/. Acesso em: 7 jun.2025.
O termo destacado no segundo parágrafo do texto cumpre a função textual de
Com a adição de 150 novos códigos, chamados de e-Lápides, o acervo chega a 228 registros.
Ao escanear os QR Codes instalados nos jazigos e obras, os visitantes têm acesso a biografias, imagens e curiosidades de nomes como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Ramos de Azevedo e Olívia Guedes Penteado. O projeto também destaca esculturas de artistas renomados, como O Grande Anjo, de Victor Brecheret, e Via Sacra, de Antelo Del Debbio.
A iniciativa da Consolare, empresa que controla o cemitério, é uma parceria com a empresa Memória Viva, e busca transformar o cemitério em um espaço de cultura e memória.
Os cemitérios da Vila Mariana e de Tremembé devem receber o serviço, que também está disponível para famílias interessadas em preservar digitalmente a história de seus entes.
CEMITÉRIO da Consolação amplia número de QR codes em jazigos. Veja São Paulo, São Paulo, jun.2025. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/. Acesso em: 7 jun.2025.
O termo destacado no segundo parágrafo do texto cumpre a função textual de
Niède Guidon era, sobretudo, guerreira. Nunca parou de lutar, muitas vezes sozinha, assim como a mulher milenar enterrada com as armas e cujo corpo ela descobriu no início deste século em sua amada Serra da Capivara. Brigou para defender a arqueologia, o meio ambiente, e superar as injustiças sociais. O Brasil e a Humanidade devem a ela a descoberta e a preservação de um patrimônio cultural e natural único.
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de