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Na obra "Administração Escolar: Introdução Crítica", Vitor Henrique Paro propõe uma reflexão que rompe com a visão burocrática e tecnicista da administração escolar, situando-a no campo da prática social e política. Para o autor, a escola não deve ser entendida como mera reprodutora de normas administrativas ou como espaço de simples gestão de recursos, mas sim como instituição inserida em um contexto histórico, marcada por relações de poder e pela luta pela democratização da educação. Julgue as sentenças abaixo como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F):

(__)Paro destaca que a administração escolar é inseparável do projeto político-pedagógico da escola e deve estar orientada para a finalidade maior da educação: a formação integral do ser humano e a emancipação social. Assim, administrar não é apenas organizar processos, mas sobretudo criar condições para que o trabalho pedagógico se realize de forma coletiva, crítica e comprometida com a transformação social.

(__)A crítica de Paro se estende ao modelo burocrático de administração, que reduz o gestor a um executor de normas externas, descolado do projeto pedagógico. Para ele, essa visão enfraquece a escola como espaço formador e a transforma em simples aparelho de reprodução social. Em contrapartida, propõe compreender a administração escolar como atividade mediadora entre as dimensões políticas e pedagógicas, capaz de articular recursos, pessoas e projetos em prol da finalidade educativa.

(__)O autor afirma que a gestão democrática é um princípio estruturante da administração escolar, exigindo que todos os sujeitos da comunidade educativa — professores, funcionários, alunos e famílias — tenham voz ativa na definição dos rumos da instituição. Essa participação, entretanto, não pode ser apenas formal; deve ser construída por meio de práticas efetivas de diálogo, deliberação e corresponsabilidade, que superem a centralização do poder e promovam a autonomia dos coletivos escolares.

A sequência CORRETA é:
Uma escola estadual aplica pesquisa interna com professores e funcionários para avaliar o clima organizacional. Os resultados indicam forte desconfiança em relação à gestão, altos índices de desgaste emocional e percepção de falta de coerência entre discurso e prática. A direção decide divulgar apenas os dados positivos, alegando que a transparência poderia fragilizar a imagem da instituição. À luz da concepção de Heloísa Lück sobre gestão da cultura e do clima organizacional:
Uma escola pública em processo de revisão do seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) decidiu utilizar os encontros de Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) como eixo articulador das discussões. No entanto, após alguns meses, constatou-se que as deliberações tomadas nesses encontros não estavam repercutindo nas práticas de sala de aula nem subsidiando ajustes no planejamento coletivo. À luz das concepções presentes em documentos oficiais e produções acadêmicas sobre a função formativa do HTPC, qual prática se apresenta como condição estruturante para que o trabalho coletivo deixe de ser episódico e passe a constituir um processo efetivo de construção pedagógica contínua?
Na obra A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade (FURLLAN; HARGREAVES), os autores discutem a escola como uma instituição dinâmica, que ultrapassa a função de simples transmissora de conteúdos. Sobre esse assunto, julgue as sentenças abaixo como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F):

(__)O conceito central refere-se à capacidade da escola de aprender continuamente, de modo coletivo e reflexivo, respondendo de forma crítica às demandas sociais, culturais e pedagógicas. Para isso, destacam que o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem, a valorização da prática docente e a construção colaborativa do conhecimento são fundamentais para que a escola se torne um espaço de inovação e de transformação social.

(__)Furlan e Hargreaves enfatizam que a qualidade da educação não pode ser medida por resultados quantitativos, mas apenas fortalecimento das práticas coletivas, do engajamento dos sujeitos e da capacidade institucional de se reinventar. A escola aprendente, segundo os autores, pressupõe ambientes de cooperação, confiança e diálogo, em que professores, gestores e alunos participam da construção do conhecimento, reconhecendo erros como oportunidades de autogestão.

(__)Há uma necessidade de superar a lógica fragmentada do trabalho escolar, substituindo modelos hierárquicos rígidos por práticas de gestão democrática, nas quais prevaleçam a corresponsabilidade, a reflexão crítica e a busca por soluções conjuntas. Essa perspectiva vincula-se à ideia de que a escola, para ser de fato aprendente, deve promover formação contínua, incentivar a autonomia docente e cultivar uma cultura organizacional aberta à inovação.

A sequência CORRETA é:
Um sistema educacional enfrenta dificuldades na implementação de uma gestão democrática. Em reuniões, os gestores alegam que a participação de professores e comunidade atrasa decisões e gera conflitos; por outro lado, representantes escolares defendem que a participação é condição para legitimar as escolhas e promover corresponsabilidade. Segundo os referenciais sobre gestão educacional: