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Leia o trecho da música abaixo.

Vejo na tv o que eles falam sobre o jovem não é sério

O jovem no Brasil nunca é levado a sério [...]

Sempre quis falar, nunca tive chance

Tudo que eu queria estava fora do meu alcance [...]

(Charles Brown Junior, Não é sério).

Este trecho da música da banda Charles Brown Júnior traduz e denuncia o paradoxo vivenciado pelos jovens no Brasil. O ensino de Sociologia deve, neste contexto, ampliar a reflexão sobre seu papel.

Sobre o papel da Sociologia e de seu professor, julgue os itens abaixo.

I) Assumir o papel de sociólogo na escola, além de docente.

II) Problematizar as relações que acontecem no cotidiano escolar, além de conhecer melhor o próprio meio social onde a escola se insere.

III) Contribuir, principalmente, no treino e ampliação da reflexividade.

IV) Enfatizar a desnaturalização e o estranhamento como eixos articuladores dos conteúdos.

V) Fornecer elementos que contribuam na tarefa da individualização, estimulando o jovem a articular as diferentes expressões de sua identidade, a reconhecer seus desejos e a elaborar projetos de futuro.

Assinale a alternativa que contém apenas sentenças CORRETAS.

Conforme Flávio Silva Sarandy (2007), o retorno da Sociologia para o currículo do antigo secundário entre as décadas de 1930 e 1950 se insere em um contexto em que os anseios de modernização democrática da sociedade brasileira e intenso processo de industrialização foram respondidos por meio de um processo de articulação das variáveis educação, ciência e democracia. Neste contexto, o ensino de Sociologia seria importante para oferecer aos jovens elementos intelectuais de uma “cidadania consciente”, além de ensinar ao indivíduo a como pensar as situações sociais complexas que o rodeiam com um método rigorosamente científico. Porém, estes objetivos foram dificultados em razão das mudanças que foram introduzidas no campo de desenvolvimento das ciências sociais no contexto de modernização da sociedade brasileira.

Assinale a alternativa que NÃO corresponde a essas mudanças ocorridas.

Anita Handfas e Rosana Teixeira (2007) levantam a hipótese de que a Sociologia corre o risco de perder sua natureza científica no ensino médio por influência, nas práticas pedagógicas docentes, de algumas concepções que afirmam que o desenvolvimento dos processos educacionais são impulsionados fundamentalmente pela experiência imediata ou pela prática cotidiana de seus agentes. Na avaliação dos autores, essas concepções se baseiam nas seguintes perspectivas:

I) Na promoção de uma distinção entre conhecimento tácito e conhecimento escolar.

II) Na “epistemologia da prática”, que se fundamentaria principalmente no conjunto de saberes que o professor tende a mobilizar em sua prática pedagógica cotidiana, em especial os saberes de sua própria experiência.

III) Na celebração do ‘fim da teoria’ – movimento que prioriza a eficiência e a construção de um terreno consensual que toma por base a experiência imediata ou o conceito corrente de prática reflexiva.

IV) Na crítica de que a escola é hoje tributária de uma perspectiva teoricista e elitista do ensino, na medida em que nega os vínculos entre a elaboração teórica e a prática social.

Assinale a alternativa que apresenta apenas sentenças CORRETAS.

Conforme analisa Simone Meucci (2007), no Brasil, a publicação de um conjunto significativo de obras introdutórias ao conhecimento sociológico ocorreu na década de 1930. A composição repentina de um conjunto notável de livros didáticos da disciplina, para esta autora, esteve vinculada a uma série de iniciativas dedicadas à institucionalização da sociologia nos anos de 1930.

Qual das alternativas abaixo NÃO corresponde a estas iniciativas.

A religião é um dos grandes temas fundadores das Ciências Sociais no século XIX. Para mencionar apenas os clássicos mais conhecidos, diríamos que Émile Durkheim (1858-1917), Karl Marx (1818-1883) e Max Weber (1864-1920) desenharam com tal acuidade o modo de tratar a questão da religião que suas proposições alimentam até hoje a reflexão sobre essa matéria.

Sobre a análise desses autores acerca do tema, julgue os itens abaixo.

I) Pretende que o estudo das religiões “primitivas”, tidas como primeiras, isto é, mais próximas do momento de seu nascimento, podia lhe dar a chave de que precisava para evidenciar a origem social da moral e da ideia de sagrado.

II) Adota o entendimento de religião como “impostura”, triunfo das forças irracionais, ponto de vista correlato ao ideário liberal desencadeado pela Revolução Francesa e sua crítica racionalista à religião cristã.

III) Elabora a ideia de religião como “alienação”: o homem projeta na figura de Deus suas próprias qualidades e, em seguida, se submete a ele como a um poder estrangeiro do mesmo modo como se submete ao Estado.

IV) Se ocupou em estudar religiões não cristãs tais como o confucionismo e o budismo. Sua preocupação central era compreender a dinâmica interna dessas religiões e suas relações com a vida econômica e social.

V) Sustenta que o protestantismo teria criado atitudes e disposições, tais como o ascetismo e a ideia de vocação, que alimentaram a emergência de um tipo de racionalidade marcada pela crescente intelectualização, modo mais abstrato de pensamento apoiado na elaboração de princípios, regras e critérios com pretensão de validade universal.

Os itens acima correspondem na sequência: